Tatuadores. Têm como profissão fazer arte na pele dos outros. Os pilares do ofício são o desenho, o material e a confiança estabelecida com o cliente. Misturam trabalho e vida pessoal, possuem as próprias 'tattoos' e marcam-nas nos corpos alheios.
Há 20 anos pouco mais do que frases como "Guiné lutei por ti" e "Amor de mãe" ilustravam a pele dos portugueses. A tatuagem ganhou campo e espaço, popularizou-se e personagens de banda desenhada, como o Volverine, totens, a exemplo do Tiki, e pin-ups, Betty Boop é bem cotada, povoam os corpos de gente das mais diversas idades.
Para os desenhistas do corpo, a tattoo é uma arte. O desenho, a observação e as artes plásticas foram sua escola. A pele do porco, a dos amigos e a própria serviram como primeiro painel. Inauguraram estúdios, constituíram uma relação de confiança com os seus clientes e neste fim-de-semana reúnem-se na 4.ª Tattoo Rock Fest, no Pavilhão Atlântico.
Cada tatuador desenvolve a sua própria ética, como não tatuar na face ou nos órgãos genitais. Têm filosofias diversas: a tatuagem como militância, simples adorno ou a simbolizar crenças pessoais. Gostam de interagir com as imagens trazidas pelos clientes, "dar o toque pessoal", mas não apreciam reproduzir tribais, "é como passar o rolo na parede". Voltar para o Alentejo, adoptar crianças, cobrir de tattoos o corpo e desvendar o próprio traço estão no horizonte destes artistas.
Francisco Charrua.
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